A proposta é de que as crianças, professores e famílias possam explorar a natureza ao seu redor, e utilizar os elementos naturais e materiais reutilizáveis, no lugar de materiais industrializados, promovendo o respeito do uso consciente dos recursos naturais.
Além disso, envolve as famílias, outras escolas e comunidade em oficinas que oportunizam o contato com folhas, pedras, sementes, gravetos, conchas, e grama, por exemplo, em oficinas de minijardins, argila e de sabonete natural.
O projeto é inspirado nas ideias do artista plástico Frans Krajcberg, que nasceu na Polônia e veio para o Brasil, em 1948, após perder toda a família durante a Segunda Guerra Mundial.
A pesquisa e utilização de elementos da natureza, em especial da floresta amazônica, e a defesa do meio ambiente, marcam toda a obra de Krajcberg. Com estas referências, os envolvidos nas atividades são estimuladas a vivenciar experiências com a arte ecológica, e também desenvolver novos hábitos de preservação.
O “Mãos na terra, mãos no coração, mãos que fazem arte” foi premiado em 2016 pelo Prêmio Embraco de Ecologia, com aplicação durante 2017. Entre as atividades estão a confecção de tintas com terra e corantes retirados da natureza, como açafrão, colorau e café, que podem ser manipulados pelas crianças com segurança.
“Assim como Krajcberg, que confecciona suas próprias tintas, agora, nas atividades artísticas, usamos apenas tintas naturais, substituindo as industrializadas. E as brincadeiras também são centralizadas nos elementos da natureza”, esclarece a professora Vera Lúcia Dias Cidral, que coordena o projeto com a professora Roseli Guckert da Silveira.
O CEI Miosótis fica na rua Miosótis, 1189, no bairro Fátima.