Logo, logo as aulas estão de volta. O início do ano letivo é uma oportunidade para colocar o check-up oftalmológico da garotada em dia. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estimam que 30% das crianças em idade escolar no Brasil apresentam problemas de visão, enquanto 10% dos brasileiros de sete a dez anos precisam usar óculos. Muitas vezes, simples contratempos, como erros de refração, quando não diagnosticados precocemente, podem afetar o aprendizado e até ser causa de evasão escolar.
“O desinteresse pelas aulas e a dificuldade de aprendizado podem estar associados à dificuldade de enxergar, que leva a criança a perder o interesse em estudar e socializar, comprometendo o seu desenvolvimento. Para evitar isso, é importante levar os filhos para um exame oftalmológico no início da alfabetização e, depois, fazer um acompanhamento anualmente”, explica a Dra. Débora Narciso, do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do Grupo Opty. A oftalmologista esclarece algumas das principais dúvidas, quando o assunto é saúde ocular infantil. Confira:
Quando a criança precisa realizar exames oftalmológicos?
Ainda na maternidade, é realizado, obrigatoriamente, o Teste do Olhinho. Trata-se do primeiro exame oftalmológico na infância. Simples, rápido e indolor, pode detectar problemas mais graves, que precisam de um exame mais específico para verificar precocemente eventuais doenças oculares, como catarata, glaucoma, opacidades da córnea, hemorragias no vítreo e tumores intraoculares.
A partir de seis meses de idade, a primeira consulta oftalmológica já pode ser feita. Nessa primeira avaliação, é possível observar a presença de estrabismo, malformações congênitas ou presença de ametropias (grau) que necessitem de correção com óculos. A acuidade visual pode ser medida, se necessário, por exame complementar, chamado de Teller.
A partir dos três anos, quando a criança já consegue informar e identificar desenhos ou optotipos (tabela de Snellen), é possível obter a acuidade visual. Dessa forma, o exame oftalmológico é muito mais preciso. Por isso, uma nova consulta nesta idade é de extrema importância. Também é fundamental realizar um exame oftalmológico no início da alfabetização e fazer um acompanhamento anual, com os pais, responsáveis e professores sempre ficando atentos a sinais que podem indicar algum problema de visão.
Quais os sinais ou sintomas que pais e professores devem prestar atenção para identificar que a criança tem algum problema de visão?
Quanto mais cedo for detectado o problema, maiores as chances de tratamento. Portanto, se a criança tem algum dos comportamentos ou apresenta os sintomas abaixo, procure um oftalmologista imediatamente para um diagnóstico certeiro:
Quais são os problemas de visão mais comuns na infância?
Entre as doenças oculares mais corriqueiras na infância estão as ametropias (altos graus de miopia, astigmatismo e hipermetropia), anisometropias (diferença de grau entre os olhos), estrabismo (“olho torto”), ambliopia (“olho preguiçoso”) e conjuntivites alérgicas.
As ametropias ou erros refracionais, como a hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto), o astigmatismo (imperfeição na curvatura do olho) e a miopia (dificuldade para enxergar ao longe), provocam sintomas como embaçamento, dores de cabeça e cansaço visual, mas que podem ser facilmente corrigidos com o uso de óculos de grau.
O estrabismo (desalinhamento dos olhos) normalmente é perceptível em fotografias ou mesmo durante atividades do cotidiano. Ao suspeitar sobre sua existência, os pais devem levar a criança ao oftalmologista.
A ambliopia, também conhecida como olho preguiçoso, é a diminuição da capacidade visual, que ocorre, principalmente, pela falta de estímulo ao olho afetado durante o desenvolvimento da visão. Ocorre em 2% da população infantil e pode se manifestar do nascimento até os 8 anos de idade. Quanto mais precoce aparecer, maior sua gravidade. O uso de tampão no olho sadio é recomendado pelo oftalmologista como forma de ativar o desenvolvimento do olho preguiçoso. Quanto mais precoce o tratamento, melhores as chances de recuperação do olho amblíope.
Por fim, problema passageiro, mas que também pode prejudicar a visão, a conjuntivite alérgica é bem comum nas crianças e pode se manifestar com coceira frequente, olhos vermelhos, piscar frequente e secreção ocular. Deve ser tratada, pois o coçar constante dos olhos na infância pode acarretar alterações corneanas como o ceratocone no futuro.
Sobre o Sadalla
Desde 1942, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, situado em Joinville (SC), faz o melhor para a saúde ocular dos brasileiros. Seu compromisso é oferecer o que há de mais moderno nas técnicas para o tratamento e cuidados com os olhos. Atualmente, em uma estrutura com 10 mil m² distribuídos em quatro andares, 47 consultórios, seis salas cirúrgicas, dois centros de exames e diagnóstico e dois consultórios de Pronto Atendimento, são realizadas em torno de 10 mil consultas e 1.300 cirurgias ao mês. Considerado centro de referência na oftalmologia brasileira, o Hospital está sempre investindo em tecnologia, na qualificação de sua equipe médica e na excelência do atendimento, que são corroboradas pela Certificação da ONA Nível 3. Para continuar crescendo, o Sadalla se uniu, em 2017, ao maior conglomerado de oftalmologia da América Latina, o Grupo Opty. Para mais informações, visite www.sadalla.com.br.